Por Luciano Peixoto
Não há como negar, mesmo
uma pessoa sendo ateia ou pagã, quando esta ouvir um Canto Gregoriano, ela
afirmará que esse tipo de canto é da Igreja Católica. De fato, o
canto chão, também conhecido como Canto Gregoriano é a música que melhor
exprime o que cremos e como cremos, através da sonoridade e suavidade das vozes
dos cantores, e/ou do grupo de canto (Schola Cantorum). Assim, entendemos que
este é verdadeiramente o canto que nos deixa mais próximo de Deus, é um canto
oracional, um canto expermental, ou seja, que foi feito somente para rezar,
para entrar na intimidade do Santo dos Santos. Por isso a predileção de se
cantar em uníssono, cantar em uma só voz, com em uma só melodia (Cantus
Firmus), louvando, e aclamando o Deus altíssimo.
O canto é parte integrante
na litúrgia católica, é inerente ao rito da Santa Eucaristia, ele – o canto, é
um sinal de expressão, é uma forma de externar nossa identidade, ou seja,
através do canto chão, exprimimos aquilo que somos e aquilo que cremos. Podemos
até mesmo ousar dizer que o canto litúrgico na nossa igreja é um “Sacramentum”,
é uma fonte inesgotável desse encontro que o Senhor nos propociona a
encontrá-lo. O canto chão, bem cantado, a cada rito nos eleva, nos aproxima de
Deus. Se o rito por si só nos eleva ao Senhor, quanto mais o canto inserido
nesse rito, este, nos faz contemplá-lo, nos faz amá-lo cada vez mais. Pois,
somente entende esta espiritualidade, esta sacramentalidade, que existe no
canto chão, quem, de fato, é católico, quem, de fato, professa a mesma fé que é
recitada ou cantada a cada domingo na Santa Missa no credo, sem viver no
Cristo, sem prova da vinha do Senhor, sem está no corpo da Igreja, não há como
viver nessa Graça perene de ser Cristão.
O Canto Gregoriano é
patrimônio da nossa igreja, mas, o verdadeiro zelo por ele se tem, quando
aprendemos quem realmente somos, que vai muito além daquilo que gostamos,
sentimos ou entendemos na própria ação litúrgica. Cantar o canto dos anjos, assim também
considerados por muitos, é algo que muitas vezes foge da nossa explicação, foge
da nossa razão, mas, se observarmos bem, Deus, também não é assim? A
compreensão sobre Deus foge da nossa explicação, entender por completo Deus
seria acreditar em um deus que cabe na nossa razão humana, e isso nunca seria
Deus. Portanto, não esquecemos, não deixemos de lado, aquilo que foi construído
pela nossa Igreja em toda a sua história. A frase citada por Santo Agostinho
como título desse artigo, é uma proposta de evangelização através do canto para
aqueles que não conhecem a Deus, ou pelo menos, para aqueles que querem
conhecer melhor a Deus, é um remate daquela passagem bíblica quando os
discípulos de João perguntam: Mestre, onde moras? E Jesus responde: “Vinde e
vede”. Jo 1,39.
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Pós-graduando no Curso de Artes e Educação da UFAL, foi aluno de Nicoolas G. Vale nas classes de teoria musical e solfejo. Em 2005 Iniciou seus estudos de canto com a professora Vitória de Souza, 2006 : Dá prosseguimento ao estudo do canto com a professora Fátima de Brito, ainda hoje sob sua orientação. 2006 à 2007: Com Benito Maresca (SP) toma aulas especiais sobre repertório operístico. Participou de diversos Masterclasses com alguns professores no âmbito do canto Lírico:
Angelo Dias (GO), Marília Alvares (GO), Denise Sartori (PR), Mirna Rubim (RJ) e José Vianey (PB).
Participou de mostras, concurso e concertos:
(2005) Participou da 3ª MOSTRA de CANTO LÍRICO -Maceió/AL, (2006) : Participou da 4ª MOSTRA de CANTO LÍRICO -Maceió/ AL, (2007) : Participante no 11º MARACANTO (São Luiz / MA), (2008) : Foi protagonista da ópera de W.A.Mozart: "Bastien und Bastienne". (2009) :* Participou,em parceria com o barítono Bruno Sandes, de diversos Recitas de Câmara sob a orientação da profª Fátima de Brito. * Participou, como convidado, em diversos Recitas de Alunos da Classe de Canto da profª Fátima de Brito. * Participou,sob a regência de Nilton Souza,do Concerto de Férias na Igreja de São Benedito. (2010) :*Concerto aos Domingos no no IHGAL,com o barítono Bruno Sandes; acompanhado ao piano pelas professoras Selma Britto e Fátima de Brito. *Recital Palestra sobre "A Modinha no Brasil" ;Conservatório de Música de Aracaju (SE), *Participou,sob a regência de Max Carvalho,em projetos no coro Camerata Pro-Música de AL. (2011) :*Participou,sob a regência de Max Carvalho,em projetos do coro Camerata Pro-Música de AL. *Concerto aos Domingos no IHGAL,com a soprano Elvira Rebelo faz o final do primeiro ato da ópera de Puccini:"La Bohème", sob a orientação da profª Fátima de Brito.
Desde 1998, desenvolve o trabalho de canto na igreja católica, na diocese de Maceió, através de aulas de canto e técnica vocal.
Também tem realizado palestras e workshop sobre música litúrgica.
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